sábado, 27 de novembro de 2010

O capitalismo real: a prática

No modelo de Smith, há uma ordem econômica natural que produz o bem maior. A interferência do governo interrompe essa ordem natural. Veja a seguir como funciona esse modelo.
  • Há uma classe proprietária - os meios de produção (capital) são possuídos apenas por poucas pessoas (capitalistas) que podem pagar por eles. Entre os meios de produção estão máquinas, fábricas e terras.
  • Há uma classe trabalhadora - o povo (trabalhadores) usa o capital para produzir bens e não tem posse de tal capital. Os capitalistas pagam os trabalhadores com salários (dinheiro) e não com os produtos que os trabalhadores produzem. Os trabalhadores usam esse dinheiro para comprar os bens que quiserem. Dessa maneira, ninguém que adquira bens (o consumidor) tem qualquer conexão real a tais bens.
  • O cálculo racional do lucro orienta a produção - os capitalistas tentam avaliar o mercado e reajustar a produção adequadamente, de modo a realizar o maior lucro possível.
  • A sociedade é composta de consumidores - devido às pessoas não estarem ligadas aos bens que produzem, o processo de compra, e não de criação, torna-se o modo principal de como as pessoas se definem.
  • Quanto mais lucro os capitalistas produzem, mais bens são produzidos. Quanto mais bens os capitalistas produzem, menores os preços desses bens. Quanto mais baixos os preços dos bens, mais as pessoas podem comprar e mais alto o padrão de vida em toda a sociedade.
O único papel real do governo no capitalismo é manter a paz e a ordem para que a economia possa funcionar sem interrupções. Esse sistema econômico de laissez-faire (anti-interferência) depende de redes de produtores, consumidores e mercados interconectados e auto-regulatórios que operem segundo os princípios de oferta e demanda.
Essencialmente, quando mais pessoas querem algo, a oferta diminui e o preço aumenta. Quando menos pessoas querem algo, a oferta aumenta e o preço diminui. No fim das contas, tudo é uma questão de alcançar lucro. O lucro resulta da obtenção ou produção de bens por um preço menor do que o preço de venda. Esse valor principal do capitalismo vem de uma prática conhecida como mercantilismo.

Na próxima página, veremos de que maneira o capitalismo deve sua existência à propagação do islamismo do Oriente Médio para a Europa (em inglês).

Terminologia do capitalismo

Capitalismo financeiro
- sistema econômico em que o produto é o dinheiro, e não bens. Os lucros são obtidos por meio da compra e venda de moedas estrangeiras e produtos financeiros como ações e títulos.

Economia Marxista (ou economia planejada) - no fim do século 19, Karl Marx propôs um sistema econômico anti-capitalista. Ao invés da propriedade privada para ganho pessoal, Marx promovia a propriedade pública para ganho coletivo, ou seja, bens distribuídos por toda a sociedade com base na necessidade. O Marxismo é a base dos sistemas econômicos comunistas da antiga URSS e, até recentemente, da China.

Economia mista - sistema que incorpora componentes do capitalismo puro e componentes de uma economia planejada.

Capitalismo monopolista
- sistema em que os meios de produção são todos de propriedade privada de enormes conglomerados empresariais que geram lucros exorbitantes ao eliminar a competição do mercado livre.

Capitalismo puro (consulte também economia laissez-faire, economia de mercado ou livre mercado) - sistema no qual o governo não interfere. O sistema funciona segundo o princípio de um livre mercado, no qual todas as transações financeiras são controladas por produtores privados e por consumidores. Por meio da propriedade privada, da competição e do interesse próprio, a economia atinge um equilíbrio natural e mantém o bem econômico geral.

Capitalismo de Estado - sistema econômico no qual os meios de produção são de propriedade privada, mas no qual o Estado controla o mercado em vários níveis.

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